O Brasil obteve o melhor resultado de primeiro semestre já observado no histórico das exportações de carne bovina. Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), foram compilados e analisados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). De acordo com o relatório, no acumulado do primeiro semestre de 2024, as exportações de carne bovina somaram 1,29 milhão de toneladas, um aumento de 27,3% comparado ao mesmo período de 2023 (1,019 milhão de toneladas), o que resultou em um faturamento de US$ 5,69 bilhões – aumento de 17%, frente ao primeiro semestre de 2023 –, valor superado apenas no ano de 2022, quando os resultados do primeiro semestre somaram mais de US$ 6,19 bilhões, em um cenário de pandemia.
Em junho de 2024, as exportações foram de 220.184 toneladas, movimentando US$ 953,09 milhões, um resultado ligeiramente menor que nos dois meses anteriores, quando foi registrado recorde nos embarques.
Os países asiáticos representaram 52% do mercado brasileiro da carne bovina, neste primeiro semestre. Na sequência, os maiores mercados, por região, foram o Oriente Médio e o Norte da África, que representaram 20,8% do total. América do Norte e Latina foram o destino de 15,7% das exportações, seguidas por Europa e Ásia Central, que assimilaram 10,2% de toda carne bovina comercializada pelo Brasil.
A carne bovina in natura representou, neste mesmo período, 87,7% do volume embarcado pelo Brasil (total de 1,13 milhão de toneladas). A maior parte da carne bovina in natura exportada pelo Brasil é sem osso, representando 88% do total. Já a carne com osso ainda possui acesso limitado em alguns países, por conta da necessidade de alteração de acordos sanitários.
De acordo com o presidente da Abiec, Antonio Jorge Camardelli, o Brasil segue firme na liderança mundial de exportações de carne bovina e o setor trabalha intensivamente, junto com a ApexBrasil, na abertura de novos e consolidação dos mercados já existentes.