Os preços na suinocultura independente continuaram a subir nesta quinta-feira (15), refletindo uma escassez de animais prontos para abate e uma demanda aquecida em várias regiões do Brasil, tanto no mercado interno quanto nas exportações.
Em São Paulo, por exemplo, o preço do quilo do suíno vivo subiu de R$ 8,53 para R$ 8,96, de acordo com dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). O presidente da entidade, Valdomiro Ferreira, destacou que a oferta extremamente reduzida de suínos vivos é um fenômeno observado em todo o país. “As exportações e o mercado interno estão extremamente positivos, provocando esses novos realinhamentos nos preços do suíno. Por enquanto, o mercado no varejo também vem alterando seus preços do animal abatido”, comentou Ferreira.
Em Minas Gerais, o cenário é semelhante, com o preço subindo de R$ 8,50 para R$ 9,00 por quilo vivo, conforme informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). O consultor de mercado da associação, Alvimar Jalles, explicou que a escassez de suínos, especialmente vinda do Sul do Brasil, é consequência da intensificação das exportações. “Na falta de mercadoria para todos que demandam, os preços sobem naturalmente. É a regra do jogo”, afirmou Jalles.
Santa Catarina, um dos principais estados produtores, também viu os preços do suíno vivo aumentarem, passando de R$ 7,80 para R$ 8,25 por quilo, segundo a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).
No Paraná, o Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) registrou um aumento de 4,24% no preço do quilo do suíno vivo entre os dias 08 e 14 de agosto, fechando a semana a R$ 8,36.
Este movimento de alta reflete a tendência de escassez de animais e a força da demanda, que estão impactando diretamente os preços em todo o Brasil, gerando expectativas de continuidade desse cenário nas próximas semanas.
Por: Notícias agrícolas