A Scot Consultoria voltou a detectar elevação nos preços do boi gordo no mercado paulista nesta terça-feira (20/8), depois da alta de R$ 2/@ registrada no primeiro dia da semana.
Desta vez, o animal terminado “comum” (destinado ao mercado doméstico) teve avanço diário de R$ 3/@, agora cotado em R$ 235/@, no prazo, de acordo com a Scot.
A vaca gorda também subiu R$ 3/@ em São Paulo, chegando em R$ 210/@, enquanto a novilha gorda teve reajuste de R$ 50/@, fechando o dia apregoada em R$ 225/@.
Por sua vez, a cotação do “boi-China” sofreu valorização de R$ 2/@, para R$ 237/@ (base SP), com ágio de R$ 2/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot.
Segundo apurou a Agrifatto, a pressão para aumentar os preços da arroba, que havia diminuído desde meados da semana passada, voltou a se intensificar na segunda-feira (19/8).
“Isso se deve ao fato de que os contratos a termo e a entrada limitada de animais confinados não foram suficientes para provocar a queda nos preços desejada pelos frigoríficos”, observam os analistas.
Por outro lado, continua a consultoria, apesar da oferta restrita de boiadas gordas, não houve recuperação consistente das cotações, como a observada entre a primeira e a segunda quinzena de julho/24.
Pelos dados da Agrifatto, nesta terça-feira, o preço da arroba em São Paulo subiu para R$ 240 (valor médio entre o boi gordo “comum” e o “boi-China). Nas 16 outras regiões brasileiras monitoradas pela Agrifatto, a média foi para R$ 222/@.
“Cinco das 17 praças acompanhadas valorizaram a arroba (SP, MA, MS, PR e TO); as outras 12 permaneceram com suas cotações laterais”, informa a Agrifatto.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo registraram mais uma onda de valorização, aponta a consultoria. O destaque ficou para o contrato com vencimento em outubro/24, que encerrou cotado a R$ 243,55/@, um avanço de 1,14% em relação ao dia anterior.
Carne com osso
Na segunda-feira (19/8), as vendas da proteína foram muito fracas, tanto no varejo quanto no atacado, relata a Agrifatto.
“Isso resultou em um acúmulo significativo de mercadorias nos pontos de distribuição, sem previsão de descarga”, observa a consultoria.
Nesta terça-feira (20/8), a oferta de carne bovina foi abundante, mas a demanda é praticamente inexistente, diz a consultoria. “Mercadorias remanescentes da semana passada continuam sendo oferecidas para venda, com entrega nos próximos três dias”, afirmam os analistas.
Até mesmo dianteiro e ponta de agulha, que tinham uma demanda razoável, perderam completamente a liquidez devido ao clima quente, que desestimula o consumo de carne de panela, observa a Agrifatto.
De maneira geral, continua a consultoria, as carcaças apresentam um comportamento fraco, indicando que o mercado de carne, com e sem ossos, perdeu força e deve continuar assim até o final do mês.
“O foco agora está nas negociações semanais programadas para a próxima quinta-feira (22/8), que visam abastecer a última semana de agosto”, diz a Agrifatto.
Segundo reforçam os analistas, o mês atual é marcado por uma significativa redução no consumo a partir desta segunda quinzena, o que tende a resultar em preços frágeis para a carne bovina.
“Não se descartam leves ajustes negativos nos preços de vários produtos destinados ao consumo direto ou à produção de carne desossada”, antecipa a Agrifatto.
Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (20/8):
São Paulo — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$240,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$225,00. Escalas de abates de onze dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$240,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$225,00. Escalas de seis dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias.
Por: Portal DBO