mercado brasileiro de boi gordo tem apresentado uma tendência de alta desde julho, com os preços alcançando novos patamares. No início de setembro, negociações em São Paulo chegaram a R$ 250 por arroba. Na última terça-feira, 4, o Indicador CEPEA/B3, que reflete as transações no mercado spot paulista, fechou a R$ 241,80, marcando um aumento de 3,12% em agosto.
O aumento nos preços da carne é impulsionado principalmente por dois fatores. Primeiro, o clima seco tem reduzido a oferta de animais criados a pasto, tornando-os mais escassos e obrigando as escalas de abate a depender mais de animais de confinamento. Segundo, os indicadores macroeconômicos sugerem que o consumo interno de carne bovina deve se manter robusto.
No cenário internacional, as perspectivas também são favoráveis para a carne brasileira. A combinação de preços competitivos e a produção deficitária nos Estados Unidos desde o ano passado têm impulsionado as exportações da carne bovina brasileira.
Além desses fatores, uma nova medida pode influenciar ainda mais os preços: a Câmara dos Deputados aprovou, em julho, o texto-base da reforma tributária, incluindo uma isenção de impostos para a carne bovina e de frango. Com 336 votos favoráveis e 142 contrários, o projeto isenta a carne vermelha de impostos sobre consumo, incorporando-a à cesta básica. Essa medida é uma demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pode ter um impacto adicional no mercado de carne.
Por: Agro em campo