O Ministro da Economia, Fernando Haddad, realizou um pronunciamento oficial em rede nacional, apresentando informações sobre o novo pacote de gastos do governo federal. Como era esperado, o anúncio foi considerado vago, com tom populista, fraco para o que precisava e de pouca profundidade.
Haddad forneceu poucos detalhes sobre o plano de contenção, destacando apenas que haverá aumento de impostos para cidadãos com rendimentos acima de R$ 50.000 mensais, além de cortes em benefícios relacionados a aposentadorias e pensões de militares. Foi anunciado ainda e isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$5.000,00 por mês, o que é o cumprimento de uma promessa de campanha do governo.
Embora Haddad tenha estimado uma economia de 70 bilhões de reais com as mudanças, a falta de explicações mais detalhadas mantém a desconfiança do mercado.
Como reação, o dólar à vista, depois de ter fechado a quarta-feira(27) em R$ 5,91, ultrapassou a marca de R$ 6,00 pela primeira vez desde o início de sua circulação, em 1994, subindo 1,52%, cotada em sua máxima a R$ 6,003 na venda . Isso mostra uma resposta negativa ao anúncio do pacote de contenção de gastos.
Tentando conter o mercado
Tentando conter o mercado e a disparada da moeda americana, o governo realizou uma coletiva no na manhã de hoje, onde os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), deram maiores detalhes sobre o pacote econômico anunciado, o que não surtiu efeito, já que mesmo com explicações de como será o processo, o mercado segue agitado.
Haddad rebateu o mercado, dizendo que especialistas precisam fazer uma releitura do governo. Ele citou previsões de crescimento abaixo da realidade e previsões de déficit superestimadas.
Com informações: UOL/Pátria Consultoria
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