A primavera de 2024 apresentou condições melhores que dos anos anteriores para o conforto térmico animal. A conclusão vem das análises de dados publicadas no Comunicado Agrometeorológico 79 – Especial Biometeorológico Primavera 2024, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi).
“A primavera deste ano foi menos chuvosa que a de 2023, embora com altas temperaturas do ar e umidade relativa alta”, complementa a pesquisadora Loana Cardoso, uma das autoras da publicação.
O Comunicado analisa as condições meteorológicas ocorridas no período, como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite.
Situações de estresse térmico calórico para vacas leiteiras foram observadas principalmente no mês de novembro. “No período, 41% das horas avaliadas propiciaram desconforto térmico aos animais. Situações de estresse leve a moderado foram identificadas, em média, durante 23,6% do trimestre”, destaca Loana.
As regiões do Vale do Uruguai, do Baixo Vale do Uruguai e Depressão Central, além de Ibirubá, Teutônia, São Luiz Gonzaga, e Uruguaiana, foram as que apresentaram maiores valores de estresse térmico, sendo superiores a 40% de horas avaliadas.
O potencial de queda de produção diária de leite devido às condições meteorológicas ocorridas na primavera de 2024 foram mais elevadas em vacas de maior produção. A variação foi de 13,8% a 32% ao longo do trimestre, especialmente nas regiões de Porto Vera Cruz (Vale do Uruguai) e São Luiz Gonzaga (região Missioneira).
“Nestes locais, os produtores rurais tiveram que ficar atentos às possíveis situações de estresse térmico a que os animais ficaram expostos, com os maiores declínios de produção de leite estimados, para evitar prejuízos econômicos na atividade leiteira”, conclui a pesquisadora.
Imagem e informação: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação