Recuos na oferta de diversas frutas por quebras de safra elevaram os preços desta categoria de produtos, a ponto de atingir o bolso dos consumidores e a inflação. No grupo alimentação e bebidas, as frutas tiveram alta de 12,12% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, divulgado nesta sexta-feira (10/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano passado, o preço da laranja-Bahia, por exemplo, subiu 8,25%, enquanto a variedade lima teve alta de 96,94%, isso comparado a uma inflação geral de 4,8%. Se levado em consideração o preço no atacado de São Paulo, o mais representativo do país, a variação foi de 41,8% para a laranja lima na Ceagesp em um ano e de 6,7% no caso da laranja pera.
A safra 2024/25 foi estimada pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) em 223,14 milhões de caixas de 40,8 quilos de laranja, redução de 27,4% frente a 2023/24. O recuo veio por causa do impacto do clima quente e da seca no desenvolvimento dos frutos.
No caso da maçã, os baixos estoques nacionais – resultantes da quebra de safra do começo do ano – também movimentaram os preços. Além disso, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) ressalta que a demanda pela fruta permaneceu aquecida no ano passado.
Até o melão foi destaque. Em meados de novembro, o preço médio do produto subiu no Rio Grande do Norte e no Ceará, atingindo recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2001.
Por: Globo Rural