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Projeções para inflação em 2026 sobem pela 8ª semana seguida e governo “acha normal”

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Projeções para inflação em 2026 sobem pela 8ª semana seguida

As projeções dos analistas para a inflação em 2025 e 2026 subiram novamente, os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17/02) no Relatório Focus do Banco Central. A projeção para 2025 passou de 5,58% para 5,60%, enquanto para 2026, a estimativa subiu de 4,30% para 4,35%.

Já a mediana para taxa básica de juros (Selic) ficou estável em 15% neste ano, há 6 semanas. A previsão para o dólar em 2025 também permaneceu em R$ 6,00.

A projeção do PIB, por sua vez, caiu de 2,03% para 2,01%.

Inflação
A projeção para 2027 subiu de 3,90 para 4,00%, enquanto para 2028, a estimativa subiu de 3,78% para 3,80%.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2025 subiram de 4,90% para 5,03%, há 10 semanas. As projeções para 2026 permaneceu em 4,20%. Para 2027, a estimativa ficou em 4,00%, enquanto para 2028, a estimativa ficou em 4%.

Para o IGP-M, as projeções para 2025 ficaram estáveis para 5,03%, enquanto a estimativa para 2026 ficou em 4,50%. Para 2027, a projeção de inflação ficou em 4%. Já para 2028, a projeção também permaneceu em 4,00%.

Preço dos alimentos tem pesado no cálculo inflacionário

PIB
Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2026 permaneceu em 1,70%. A projeção subiu de 1,96% para 1,98% 2027. Para 2028, a projeção continuou em 2%, há 49 semanas.

Selic
A projeção para 2026 ficou em 12,50%, enquanto para 2027 permaneceu em 10,50%. Para 2028, a estimativa permaneceu em 10% por oito semanas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestou, dizendo que o Brasil ter uma inflação em torno de 4% a 5%, está “relativamente” dentro da normalidade para o Plano Real e reforçou que o país deixou para trás o período em que os indicadores de preço superavam o patamar dos dois dígitos.

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Ele lembrou, ainda, que o câmbio e a valorização do dólar no mundo pressionaram a inflação. Isso exigiu a ação do Banco Central (BC), que adotou uma política monetária contracionista para controlar a inflação. Com a valorização do real ante o dólar nas últimas semanas, o ministro espera uma estabilização nos preços.

Ele participa do painel “Um caminho para a resiliência dos Mercados Emergentes” na Conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Al-Ula, na Arábia Saudita.

Ministro Fernando Haddad – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ajuste fiscal

O ministro defendeu, ainda, a reforma tributária sobre o sistema de consumo e disse que o ajuste fiscal que está em curso não é recessivo. No entendimento do ministro, esse ajuste garantiu uma taxa de crescimento próxima de 3,5% em 2024, mesmo com a elevação dos juros para garantir a convergência da inflação à meta.

“O aumento das taxas será no curto prazo. O dólar voltou a um nível adequado e caiu 10% nos últimos 60 dias. Eu acho que isso vai fazer com que a inflação se estabilize”, afirmou.

Ao iniciar sua fala, Haddad defendeu que o Brasil trabalha para encontrar um caminho de equilíbrio e sustentabilidade, mesmo encarando um ajuste fiscal importante e em meio a adversidades do cenário externo, como o fortalecimento do dólar.

G20

O ministro também falou sobre a presidência do Brasil no G20, reforçando que o País defendeu uma reglobalização sustentável, não só dirigida pelos interesses de mercado, mas também pelo combate às desigualdades regionais e à distribuição de oportunidades econômicas.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, que mediou o debate, reforçou no início de sua fala que o foco na resiliência ganhou relevância nos últimos anos com o aumento da frequência e intensidade dos choques. Por isso, defendeu que as economias tenham capacidade para antecipá-los e também para absorver esses impactos.

Por: Relatório Focus/Estadão Conteúdo