Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar discute lei de bioinsumos e desafios da próxima safra

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A Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, nessa terça-feira (25), uma reunião para discutir os desafios do setor diante das mudanças climáticas, o impacto da nova Lei de Bioinsumos e as ações prioritárias para 2025. O encontro também fez um balanço das principais conquistas de 2024.

A reunião foi conduzida pela assessora técnica da CNA, Eduarda Lee, e contou com a participação do assessor do Núcleo de Inteligência de Mercado da CNA, Carlos Eduardo, além de representantes de federações estaduais e entidades do setor.

Durante o evento, o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Mozar Salvador, alertou para as condições climáticas adversas no Brasil, destacando o aumento das temperaturas e a baixa umidade do solo, fatores que podem intensificar períodos de seca.

Ele também analisou os efeitos das características de La Niña, que teve início em dezembro de 2024 e deve persistir nos próximos meses.“Teremos mais uns três meses, no máximo seis, em que estaremos com efeitos do La Niña, para depois entrarmos num período de estabilidade climática”,afirmou.

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A assessora técnica da CNA, Letícia Fonseca, apresentou um panorama sobre a Lei de Bioinsumos, sancionada em dezembro de 2024. O novo marco regulatório estabelece diretrizes para o uso de produtos biológicos na agropecuária, fortalecendo a segurança jurídica e incentivando práticas sustentáveis.

Segundo a assessora técnica Eduarda Lee destacou avanços legislativos aprimorados pelo setor em 2024, como a aprovação da lei que assegura aos produtores independentes de biomassa o direito a receitas provenientes de transações de créditos de descarbonização (CBios).

Outras iniciativas mencionadas foram projetos voltados para descarbonização e tecnologias de baixa emissão de carbono, como o programa Combustível do Futuro e o Paten. Além disso, a CNA promoveu o seminário AgroEnergia, reforçando seu compromisso com a transição energética sustentável. O encontro reforçou a importância da agenda climática e regulatória para a competitividade e sustentabilidade do setor canavieiro no Brasil.

Informações: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil