Exportações seguram baixas mais expressivas na arroba do boi, diz analista da Scot

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O setor de vendas externas da proteína “continua firme e em bons patamares”, prevê o zootecnista Ygor Maggiori, da consultoria com sede em Bebedouro (SP). Com o mercado doméstico de carne bovina travado, a exportação torna-se um importante canal de escoamento, limitando a pressão de baixa nos preços do boi gordo, relata o zootecnista Ygor Maggiori, analista da Scot Consultoria.

Segundo ele, o mercado pecuário segue pressionado, em razão das ofertas de boiadas ainda confortáveis para a ponta compradora, um reflexo do descarte de fêmeas que não emprenharam na estação de monta, aliado a um escoamento de carne aquém do esperado para o período. “Se no mercado doméstico o cenário continua desafiador, para o setor de exportação o ritmo continua firme e em bons patamares”, ressalta Maggiori.

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Até a primeira semana de março/25, a média diária embarcada de carne bovina in natura ficou 142,7% acima do volume diário registrado em março/24, aponta o analista da Scot, citando os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

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Nesta quinta-feira (13/3), pelos dados da Scot, o boi gordo paulista seguiu cotado em R$ 310/@, a vaca em R$ 280/@, a novilha em R$ 298/@ e o “boi-China” em R$ 313/@. (todos os preços são brutos e com prazo).

Segundo o levantamento da Agrifatto, o “boi comum” vale R$ 300/@ na praça de São Paulo, enquanto o “boi-China” está cotado em R$ 310/@ – portanto, uma média de R$ 305 entre as duas categorias. Desde o início da semana, diz a Agrifatto, o mercado brasileiro do boi gordo vem enfrentando pressão baixista sobre os valores da arroba, especialmente nos preços das fêmeas.

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Nesta quinta-feira, diz a consultoria, das 17 praças acompanhadas, 3 apresentaram leve desvalorização (AL, BA e ES); as outras 14 mantiveram suas cotações estáveis. No mercado futuro, na quarta-feira (12/3), o destaque ficou para o contrato com vencimento em maio/25, que encerrou o pregão da B3 cotado a R$ 309/@, com valorização de 2,52% em relação ao dia anterior.

Varejo/atacado
Atualmente, há uma pequena quantidade de mercadorias de carne bovina paradas nos distribuidores por atrasos nas descargas, que não ultrapassam um dia, afirma a Agrifatto.

Além disso, diz a consultoria, há registros de devoluções parciais por questões de qualidade, embora não haja relatos de devoluções totais por outros motivos. Para as negociações desta quinta-feira (13/3), diz a consultoria, observa-se uma oferta um pouco maior de boi castrado, enquanto a disponibilidade de vaca e de boi inteiro é significativamente menor. Dessa forma, o boi castrado, principal suprimento para açougues e casas de carne, apresenta leve ajuste negativo nos preços, refletindo o período de menor demanda, destaca a Agrifatto.

Por sua vez, na indústria de processamento de carne desossada, que opera principalmente com vaca e, em menor escala, com boi inteiro, o atual cenário aponta para uma alta nos preços dessas matérias-primas, prevê a consultoria.

Por outro lado, o dianteiro segue com demanda firme e preços sustentados, acrescenta a Agrifatto. Mercadorias originárias de regiões distantes da capital paulista, como AC, RO, PA e TO, apresentam preços ligeiramente inferiores aos de MS, PR, MG e GO, informa a consultoria.

Por: Portal DBO