
Após dois meses consecutivos de queda no preço do boi gordo em todas as praças analisadas, abril/25 trouxe um alívio para os pecuaristas, informa a Agrifatto. “Houve alta nas cotações em todas as regiões, impulsionada por uma oferta abaixo do esperado para o período”, observa a consultoria.
O destaque no mês passado ficou para a praça de Mato Grosso, que registrou valorização mensal de 7,19% para o boi gordo, na comparação com março/25, atingindo R$ 326/@, em média.
No lado dos custos, o milho apresentou recuo na maioria das praças monitoradas pela Agrifatto, após dois meses seguidos de alta.

Essa queda foi motivada por uma demanda mais retraída, com os consumidores priorizando o uso de estoques e aguardando preços mais atrativos, especialmente diante do avanço da colheita da safra de milho de verão, justifica a consultoria.
Diante desse cenário, a relação de troca entre a arroba do boi gordo e a saca de milho registrou melhora de 9,09% na média nacional, encerrando abril em 4,32 sc/@, informa a Agrifatto.
O melhor desempenho foi observado em Minas Gerais, com avanço de 13% na relação de troca, resultando em 4,09 sc/@. O segundo destaque ficou para São Paulo, com 3,90 sc/@, um aumento de 11,28% na comparação com março/25.
Em terceiro lugar, a troca em Mato Grosso atingiu 4,43 sc/@, alta de 8,96% no comparativo mensal.
“Perspectivas para maio/25 indicam um mercado mais frouxo para o boi gordo, com o avanço da oferta de animais terminados a pasto”, prevê a Agrifatto.
Ao mesmo tempo, espera-se continuidade na desvalorização do milho, devido à oferta mais abundante em relação à demanda, acrescenta a consultoria.
“Caso o recuo no boi gordo não seja tão acentuado quanto o do cereal, há possibilidade de manutenção, ainda que tímida, da melhora na relação de troca”, antecipa a Agrifatto.
Boi gordo/farelo de soja
A relação de troca entre o farelo de soja e o boi gordo apresentou melhora em todas as praças analisadas em abril/25 pela Agrifatto, com redução no número de arrobas necessárias para a aquisição de uma tonelada do insumo.
Essa recuperação foi impulsionada principalmente pela queda nos preços do farelo de soja, reflexo da boa oferta da safra 2024/25 no Brasil e na Argentina, somada ao bom desenvolvimento das lavouras nos EUA para 2025/26, diz a consultoria.
Além disso, o avanço nas cotações do boi gordo também contribuiu para o alívio nos custos com alimentação, acrescenta.
Com isso, a relação de troca melhorou 7,41% na média nacional, encerrando o mês em 5,63 @/t, melhor patamar histórico já registrado em todos os estados analisados.
Por: Portal DBO