Dia Mundial do Leite é celebrado dia 1º de junho

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Comemorado neste 1º de junho, o Dia Mundial do Leite foi instituído em 2001 pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) com o objetivo de promover o consumo de lácteos em todo o mundo. A data destaca a importância nutricional e econômica do leite, considerado pela FAO como o alimento mais consumido no planeta, com aproximadamente 580 milhões de toneladas de leite e derivados ingeridos anualmente.

O Brasil ocupa a terceira posição entre os maiores produtores mundiais, com uma produção superior a 34 bilhões de litros por ano, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O consumo per capita no país é de cerca de 320 mililitros por dia, enquanto a FAO recomenda o equivalente a três porções diárias, o que representa aproximadamente 480 mililitros.

Minas Gerais se mantém como o principal estado produtor do país, respondendo por mais de 27% da produção nacional. De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), são cerca de 9,3 bilhões de litros por ano, com a atividade presente em quase todos os 853 municípios mineiros. “A produção de leite em Minas Gerais tem papel estratégico na geração de renda, especialmente entre os agricultores familiares”, informou a Seapa em nota divulgada para marcar a data.

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Preço do leite ao produtor em abril
Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em abril caiu 3,3%, chegando a R$ 2,7415/litro na “Média Brasil”. Ainda assim, o valor é 5,7% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de abril).

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A queda nos preços ao produtor ocorre em momento atípico, mas é justificada pelo enfraquecimento na demanda por lácteos na ponta final da cadeia. Levantamentos do Cepea realizados com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) apontam que o ritmo das vendas dos derivados lácteos se desacelerou mais do que o esperado em abril – sobretudo no caso do queijo muçarela negociado entre laticínios e canais de distribuição paulistas, que resultou em desvalorização de 3% em abril.

Paralelo a isso, a oferta no campo seguiu firme, mesmo diante da proximidade do período de entressafra (primeiramente no Sul e, depois, no Sudeste e Centro-Oeste). O ICAP-L (Índice de Captação do Leite) subiu praticamente 3% de março para abril na “Média Brasil”, superando o crescimento registrado em anos anteriores em muitas bacias leiteiras. O aumento da oferta se explica pelo clima propício, pela boa qualidade de silagem e pelas melhores margens da atividade.

Por: Agrolink/Cepea