De janeiro a julho de 2025, Mato Grosso do Sul embarcou mais de 2,3 milhões de toneladas de carne bovina, alcançando cerca de US$ 11,5 bilhões em receita, segundo dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). A China segue como principal destino, absorvendo 58% do total, seguida por Estados Unidos (12%), Chile (8%) e Egito (7%).
A força da pecuária sul-mato-grossense se apoia em um rebanho de 19,5 milhões de cabeças, o segundo maior do Brasil, com destaque para a genética Nelore, reconhecida mundialmente pela rusticidade e qualidade de carcaça. O estado responde por aproximadamente 13% das exportações nacionais de carne bovina, consolidando sua imagem como fornecedor confiável e sustentável.
“O pecuarista de Mato Grosso do Sul tem investido em tecnologia, manejo e genética, o que nos permite oferecer uma carne de altíssima qualidade, com rastreabilidade e sustentabilidade. Esse conjunto de fatores garante competitividade e mantém a confiança dos mercados internacionais”, destacou Paulo Matos, presidente da Nelore MS.
Além dos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), por onde passa a maior parte da produção, o Corredor Bioceânico é visto como um vetor estratégico para reduzir custos logísticos e ampliar o acesso aos mercados da Ásia via Pacífico.
Para o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai, os números reforçam a vocação natural do estado para a pecuária de corte. “Mato Grosso do Sul se consolidou como um dos maiores polos produtores de carne bovina do mundo. Nossa responsabilidade é manter esse padrão de excelência, equilibrando produtividade com preservação ambiental. O mercado internacional reconhece isso e aumenta sua demanda pelo nosso produto”, afirmou.
No cenário nacional, os embarques de Mato Grosso do Sul colocam o estado entre os maiores exportadores de proteína animal, ao lado de Mato Grosso e Goiás. O desempenho confirma o peso do setor agropecuário para a economia estadual, que já representa mais de 30% do PIB.
Por: Henrique Theotônio