Mato Grosso do Sul se consolidou, nos últimos anos, como um dos principais polos produtores de soja do Brasil e, por consequência, do mundo. Com uma estrutura que combina tecnologia de ponta, logística em expansão e produtores altamente capacitados, o Estado se prepara para colher a maior safra de sua história em 2025/2026.
De acordo com o projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS em parceria com o Governo do Estado, a área plantada deve alcançar 4,79 milhões de hectares, aumento de 5,9% em relação ao ciclo anterior. A produção está estimada em 15,2 milhões de toneladas, avanço de 8,1% frente a 2024/2025. A produtividade média deve atingir 52,8 sacas por hectare, crescimento de 2% sobre a safra passada.
Estrutura produtiva em expansão
O protagonismo sul-mato-grossense se apoia em uma base produtiva moderna e diversificada. Municípios como Sidrolândia, Maracaju, Dourados, Ponta Porã e Chapadão do Sul lideram o avanço da sojicultura, alavancados por investimentos em mecanização, biotecnologia e práticas sustentáveis.
Outro diferencial do Estado é a integração de cadeias: a soja não é apenas exportada em grão, mas também transformada em farelo e óleo, além de contribuir diretamente para a produção de etanol de milho e biocombustíveis, ampliando o valor agregado e reforçando a transição energética no país.
Peso econômico e social
A soja representa mais de 60% do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Estado, movimentando bilhões de reais a cada safra. Além disso, o setor é responsável por geração de empregos diretos e indiretos, fortalecendo a economia de pequenos e médios municípios.
Para o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, o avanço da sojicultura mostra a resiliência e a visão de futuro do setor produtivo.
“Somos referência mundial em produtividade, sustentabilidade e inovação graças ao esforço de cada produtor, cada família que acredita na terra e faz dela o motor da economia nacional. Mato Grosso do Sul é hoje um exemplo claro de que o futuro do país passa pelo campo”, destacou.
Relevância internacional
Com a safra projetada para 15,2 milhões de toneladas, Mato Grosso do Sul reforça seu peso no mercado global de alimentos e energia. O grão produzido no Estado abastece não apenas o mercado interno, mas também os principais importadores mundiais, como China e União Europeia, além de ganhar espaço em mercados emergentes.
Esse protagonismo contribui diretamente para o Brasil manter sua posição de maior exportador mundial de soja, ao mesmo tempo em que fortalece a imagem do país como líder em segurança alimentar e em transição energética.
Safra histórica à frente
A expectativa é de que o ciclo 2025/2026 consolide Mato Grosso do Sul como um dos três maiores produtores nacionais de soja, lado a lado com Mato Grosso e Paraná. Com tecnologia, organização e união política, o Estado se coloca como motor estratégico do agronegócio brasileiro e parceiro essencial no fornecimento de alimentos e energia para o mundo.
Por: Amanda Coelho