Rota Bioceânica aproxima Mato Grosso do Sul do Pacífico e abre novas oportunidades

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A missão sul-mato-grossense que percorreu a Rota Bioceânica encerrou-se nesta segunda-feira (13) em Iquique, no Chile, após nove dias de viagem por cerca de dois mil quilômetros. Mais do que uma expedição técnica, o trajeto mostrou, na prática, o potencial que o corredor rodoviário tem para transformar a economia de Mato Grosso do Sul, encurtando distâncias com o mercado asiático e ampliando as oportunidades para produtores e empreendedores locais.

A comitiva, formada por prefeitos e lideranças de 12 municípios, conheceu de perto a infraestrutura de regiões como Tarapacá, onde está Iquique — cidade que abriga um dos portos mais importantes do Chile e a Zona Franca (Zofri), referência em comércio exterior. A iniciativa teve apoio do Sebrae/MS, da Semadesc e da Assomasul.

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Para o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, a rota representa uma virada econômica para o Estado. “O turismo será o primeiro setor a sentir os efeitos, mas os ganhos se estendem à exportação e à geração de riqueza. As distâncias até a Ásia diminuem, e nossos produtos se tornam mais competitivos”, afirmou.

O governador de Tarapacá, José Miguel Carvajal, destacou que a integração fortalecerá empresas dos dois países. “O corredor bioceânico vai reduzir custos e aumentar a competitividade, beneficiando diretamente os territórios envolvidos”, disse.

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Com acesso direto ao Pacífico, Mato Grosso do Sul ganha um novo canal para o escoamento de produtos como soja, milho, carne e celulose. Só o Porto de Iquique movimenta mais de US$ 3,5 bilhões por ano, e a conexão com o Estado pode ampliar o fluxo de exportações e atrair novos investimentos.

Segundo o diretor-superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça, a aproximação com o Chile e os países vizinhos vai além da infraestrutura. “A rota conecta pessoas e empresas. Essa cooperação cria segurança para os negócios e impulsiona o desenvolvimento regional”, destacou.

Com o avanço das obras e a consolidação dos portos chilenos, a Rota Bioceânica deixa de ser apenas um projeto logístico e se confirma como um novo eixo de crescimento para Mato Grosso do Sul e para todo o Centro-Oeste brasileiro.

da redação com informações Agência de Notícias Sebrae