
Mato Grosso do Sul caminha para encerrar o ano com um dos maiores desempenhos da história do seu setor produtivo. Segundo a Carta de Conjuntura da Agropecuária, divulgada nesta segunda-feira (17) pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o Valor Bruto da Produção (VBP) deve alcançar R$ 76,3 bilhões em 2025 — um crescimento expressivo de 23,68% em relação ao último levantamento, realizado em setembro de 2024.
Com esse avanço, o Estado mantém a 7ª posição no ranking nacional, sendo responsável por 5,42% de todo o VBP do Brasil. O resultado reforça, mais uma vez, que o agro é a grande máquina que move a economia sul-mato-grossense, sustentado por produção diversificada, tecnologia no campo e políticas públicas estratégicas.
Agricultura e pecuária impulsionam crescimento
A agricultura permanece como principal força da renda no campo, representando 63,83% do VBP estadual, o equivalente a R$ 48,71 bilhões — alta de 19,54% frente a 2024. Dentro da cadeia agrícola, a soja mantém a liderança absoluta, com 34,48% da composição do VBP, seguida por milho (14,42%) e cana-de-açúcar (11,63%).
Já a pecuária responde por 36,16% do total produzido, alcançando R$ 27,60 bilhões, um salto de 31,71% na comparação anual. Os bovinos representam 26,76% do VBP estadual, comprovando o protagonismo da pecuária de corte sul-mato-grossense no cenário nacional.
Entre os demais segmentos, frango (4,38%) e suínos (3,77%) também registraram força, consolidando um setor cada vez mais diversificado e competitivo.

Produção agrícola seguirá em expansão em 2025
O boletim também traz projeções otimistas para 2025. A produção agrícola deve alcançar 76,93 milhões de toneladas, aumento de 2,27% em relação ao ano anterior. A área colhida deve somar 7,56 milhões de hectares, crescimento de 5,58%.
Culturas estratégicas avançam com intensidade, especialmente aquelas incentivadas pelo Governo do Estado:
- Amendoim (1ª safra): +276%
- Sorgo: +72%
- Arroz: +42%
O sorgo, inclusive, desponta como uma das grandes apostas da diversificação agrícola, crescendo quase 64% em área plantada nesta temporada.
Pecuária também registra ajustes e expansão
A produção pecuária mostra avanços importantes. O rebanho de aves atingiu 125 milhões de cabeças, alta de 13,13%, enquanto a sericicultura (bicho-da-seda) cresceu 0,84%, mantendo relevância na economia familiar e na indústria têxtil.
Somadas, outras categorias do setor registraram crescimento de 98,53%, reforçando o dinamismo e a expansão contínua da pecuária sul-mato-grossense.
Empregos: agro segue como maior gerador de oportunidades no MS
O setor agropecuário registrou 100.125 trabalhadores empregados até setembro de 2025. Desse total, 83.194 estão na agricultura, pecuária e serviços relacionados — 83,09% das vagas do setor.
Entre janeiro de 2020 e outubro de 2025, o emprego no agro cresceu 33,23%, com salário médio de R$ 2.282,02. Trata-se do segmento que mais emprega, mais gera renda e mais sustenta o desenvolvimento dos municípios do interior.
Governo do Estado celebra resultados e reforça planejamento
O secretário Jaime Verruck destacou que o desempenho não é fruto do acaso, mas de políticas públicas consistentes implementadas pelo Governo do Estado, em parceria com produtores, cooperativas, prefeituras e instituições do setor:
“O crescimento expressivo do VBP e da produção agrícola e pecuária mostra que Mato Grosso do Sul permanece em trajetória sólida de expansão. Esse resultado é fruto direto do esforço dos produtores, da adoção de tecnologias e, principalmente, das políticas públicas implementadas pelo Governo do Estado. Trabalhamos para garantir segurança jurídica, infraestrutura, logística e incentivos que permitem ao setor crescer com sustentabilidade. Os dados comprovam que nosso planejamento está no caminho certo e que o agro segue sendo o grande motor do desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul.”
Mato Grosso do Sul encerra 2025 mais diversificado, mais forte e ainda mais consolidado como uma potência do agronegócio brasileiro — um estado onde o agro trabalha, produz, gera emprego e impulsiona a economia de ponta a ponta.
Por: Amanda Coelho com informações da Semadesc
