A StoneX indicou aumento de 500 mil toneladas no consumo doméstico de milho no ciclo 2023/24, justificado pela demanda interna aquecida, com destaque para o setor de etanol de milho. Já nas exportações, calculou corte de 5 milhões de toneladas, explicado pelo ritmo fraco dos embarques, que mostram volumes exportados inferiores aos registrados em anos anteriores.
As modificações resultaram num estoque 4,5 milhões de toneladas maior que o estimado em agosto, fator baixista para as cotações.
Em setembro, a StoneX não trouxe mudanças para a segunda safra de milho 23/24, com a produção ficando em 93,6 milhões de toneladas, nível 13,9% inferior ao recorde do ano anterior.
“Esse resultado mais baixo foi condicionado por uma área plantada menor, em meio ao cenário de preços pressionados, e também por queda de produtividade, uma vez que o clima esteve bastante seco a partir de maio, e mesmo em abril em algumas regiões”, avalia a especialista de inteligência de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.
Em conjunto, 1ª, 2ª e 3ª safras, a StoneX estima uma produção de 121,8 milhões de toneladas de milho na safra 23/24.
2024/25
A StoneX também não alterou a estimativa para a 1ª safra de milho 24/25, mantendo-se os níveis de 3,4 milhões de hectares para a área de plantio e 7,35 toneladas por hectare para a produtividade, resultando na produção de 24,96 milhões de toneladas.
O plantio da primeira safra de milho já está em seu início em algumas regiões, como no Rio Grande do Sul, mas os trabalhos no campo devem ganhar maior escala nos próximos meses.
Num primeiro momento, o foco estará sobre a área plantada, com a StoneX buscando entender se os indícios iniciais de retração da área de plantio realmente se concretizarão. A partir do final do ano, com o plantio já mais avançado, a tendência é que as atenções se voltem para as perspectivas de produtividade, com o clima e seus impactos sobre as lavouras estando no centro das atenções.