O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) anunciou nesta segunda-feira, 30, a prévia do primeiro semestre de 2024 do setor.
A produção acumulada de aproximadamente 42 milhões de toneladas de rações e concentrados registrou crescimento de 1,4% quando comparada ao mesmo período do ano passado.
Os resultados alcançados no primeiro e segundo trimestres mostraram uma pequena desaceleração, quando observadas as marcas nos intervalos apurados: avanço de 1,7% (1º. Tri/24 vs. 1o. Tri/23) e de 1,1% (2º. Tri/24 vs. 2º. Tri/23).
“A perspectiva no horizonte anual reserva ainda amplas variações, à exemplo do flagrante incremento das rações para poedeiras, bovinos de corte e aquacultura, ao contrário da expectativa mais moderada em relação à alimentação industrializada do plantel leiteiro e dos suínos”, observa Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, em nota à imprensa.
A demanda de rações para frangos de corte alcançou 18,3 milhões de toneladas, variando assim, zero e -1,6% nos intervalos (1º. Sem24 vs. 1º. Sem23) e (2º. Tri24 vs. 2º. Tri23), respectivamente. A previsão elaborada preliminarmente é atingir 37,8 milhões de toneladas e então avançar 3,5% ao longo de 2024. O mesmo raciocínio aplicado estabelece a seguinte relação para as poedeiras, crescimento de 5,8% e 6,7%, com produção de 6,97 milhões de toneladas e incremento de 1% no ano.
No caso dos suínos, +0,6% e +2,4%; e 21 milhões de toneladas, atingindo crescimento de 1%. Em relação aos bovinos de corte, +5,1% e +4,7%; 6,84 milhões de toneladas e evolução anual de 4,3%. No caso dos bovinos de leite, +2% e +0,4%; 6,8 milhões de toneladas e avanço de 1,8% ao longo desse ano.
Para aquacultura, +5,6% e -2,7%; 1,69 milhão de toneladas e crescimento de 4,6%. Finalmente, no caso de cães e gatos, +3,5% e +6,1%; 4,03 milhões de toneladas e avanço de 4% nesse ano.
O comunicado registra também que o custo da alimentação animal para frangos de corte e suínos recuou mais de 20% (média do 1º. Sem/24 vs. média do 1º. Sem/23; rações hipotéticas Sindirações), sobretudo por conta do preço (média no Estado de São Paulo) do milho que recuou mais de 15%, apesar da valorização de 8,5% do dólar americano, moeda indexadora das aquisições dos insumos importados e que, inclusive, também influencia as transações domésticas do cereal e oleaginosa exportadas.
“É importante ressaltar que o provável incremento, tradicionalmente apurado ao longo dos segundos semestres, permite apostar que a produção possa superar 86 milhões de toneladas de rações e concentrados (exceto sal mineral) e vislumbrar então um avanço da ordem de 2,3% em 2024”, avalia Zani.
O montante deve consumir cerca de 55 milhões de toneladas de milho (afora o grão direcionado à produção de etanol e que resulta no coproduto DDG/Grãos Secos Destilados), mais de 18 milhões de toneladas de farelo de soja, dentre outros ingredientes, acrescidos de mais de 540 mil toneladas das pré-misturas, ou pacotes tecnológicos constituídos de vitaminas, microminerais, aminoácidos, enzimas e tantos outros aditivos, responsáveis pelo incremento da produtividade para uma pecuária brasileira cada vez mais sustentável.
Fonte: Ascom Sindirações