Em setembro/24, todas as 13 praças pecuárias de mercado de reposição monitoradas pela Scot Consultoria apresentaram altas mensais (na comparação com agosto/24) para os preços do boi magro, enquanto 11 delas registraram elevação para as cotações do garrote e 10 regiões tiveram aumento para os bezerros (desmamado e com 12 meses de idade), informa a médica-veterinária e analista Mariana Guimarães.
Quanto às fêmeas, sob a mesma comparação, 12 praças registraram preços mais altos para a vaca boiadeira e para a novilha, enquanto, para a bezerra de desmama e de ano, foram registradas 11 praças com cotações mais elevadas.
Em São Paulo, tanto os preços dos bovinos machos quanto das fêmeas tiveram incrementos ao longo desta semana, na comparação com a anterior, destaca Marina.
“O aumento nos preços do boi gordo, a visão de um cenário mais promissor nos próximos meses (conforme indicado pelas cotações da arroba no mercado futuro), o ritmo consistente da exportação de carne bovina e a diminuição da oferta de gado magro são fatores que corroboram para um cenário mais favorável para a ponta vendedora de animais de reposição”, observa a analista.
Nesta semana, as cotações dos machos subiram, em média, R$ 35,04 por cabeça, no Estado de São Paulo, contabiliza a Scot, fazendo uma comparação com os preços da semana anterior. Para as fêmeas, a alta foi de R$ 60,48 por cabeça, em média.
Na comparação semanal, para os machos anelorados, a cotação do bezerro de ano foi a que subiu de forma mais intensa (2,8%) em SP, seguida pelo garrote (1,1%), pelo boi magro (0,9%) e pelo bezerro de desmama (0,8%).
“Já são três semanas consecutivas de altas para todas as categorias”, informa Mariana.
Para as fêmeas aneloradas, em igual comparação, as cotações de todas as categorias subiram – o maior destaque ficou para a vaca boiadeira (5,2%), seguida pela bezerra de ano (3,7%), pela novilha (1,5%) e pela bezerra de desmama (1,1%).
No curto prazo, prevê Mariana, a expectativa é de que os preços permaneçam firmes. “Porém, as condições climáticas poderão ditar o ritmo das compras, em especial, para as categorias mais jovens, que necessitam um tempo superior para o encerramento do ciclo produtivo”, alerta, acrescentando: “As previsões de chuvas para outubro serão decisivas para os próximos 30 dias, e influenciarão o mercado”.
Uma eventual mudança do clima pode melhorar a qualidade das pastagens, estimulando a reposição que depende da oferta de forragens. Segundo recorda Mariana, setembro/24 foi marcado por condições climáticas adversas em todo o Brasil.
As temperaturas, em grande parte dos Estados, ficaram acima da média histórica registrada, e o volume e a frequência das chuvas foram escassos, o que influenciou negativamente a recuperação das pastagens e a produção de grãos, relata ela.
Por: Portal DBO