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MS Agro coloca as perspectivas para o setor em 2025 mais perto do produtor 

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A Famasul fez mais uma edição do tradicional ciclo de palestras MS Agro. Produtores rurais e líderes de instituições, bem como sindicatos rurais, lotaram o auditório da sede da instituição. O evento tem como principal objetivo trazer uma análise de temas que serão relevantes para o setor no próximo ano e possibilitar um planejamento.

Auditório da Famasul lotado para o MS Agro

Este ano, com o tema “Perspectivas para a economia e o agronegócio brasileiro”, as palestras, realizadas na última quinta-feira, destacaram assuntos como economia global, cenário político e exportação da cadeia produtiva.

Entre os convidados estiveram nomes como Alexandre Schwartsman, Bruno Lucchi e a Senadora Tereza Cristina. Schwartsman, economista formado pela Universidade da California, foi diretor do Banco Central e é membro votante do COPOM. Ele compartilhou uma visão do cenário econômico mundial atual, que pode trazer algumas intempéries para 2025, como o novo governo nos Estados Unidos. Também avaliou as questões voltadas ao governo brasileiro, como o desafio do corte de gastos públicos e alta da taxa básica de juros. “Não existem decisões fáceis para o corte de gastos, a dívida se transforma em risco e esse desequilíbrio está calcado no gasto do setor público”.

Alexandre Schwartsman

A senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, apresentou um balanço das medidas políticas adotadas para o setor que terão impacto efetivo para o ano que vem. Entre elas: a crise envolvendo o agro brasileiro com o Carrefour; a lei do desmatamento e o marco temporal para demarcação de terras indígenas. “Sem o agro não temos segurança alimentar, estabilidade econômica e qualidade de vida para a população”, disse.

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Em sua apresentação, a senadora reforçou que o agronegócio no País tem imagem de credibilidade no mundo por, segundo ela, ser um segmento que cumpre as leis ambientais, o que possibilita um plantio de três safras no ano. “O ano de 2024 não foi bom, 2025 será difícil, mas unidos, conseguiremos alcançar as mudanças necessárias”, afirmou.

Senadora Tereza Cristina

Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), fez uma análise de como o cenário econômico. Para a soja por exemplo, disse que mercado deve ser de preços estáveis com tendência de queda, devido a influencias internacionais como encolhimento das exportações para a China e eleições dos EUA.

No mercado do milho, destacou a recuperação mundial de produção, incluindo a do brasil que teve perdas última safra, o que deve ter alteração em seus preços para cima.

Já na carne bovina, acredita que a arroba do boi deve continuar em forte alta. “O câmbio elevado pode favorecer as exportações, mas para custo ao produtor, podem aumentar principalmente para as cadeias que não são exportadoras, causando um impacto muito grande”.

Bruno Lucchi

pós as palestras, os convidados e o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, responderam perguntas da plateia e que forma enviadas através da transmissão, feita pelo canal do YouTube da entidade, onde o evento está disponível e você pode acessar clicando aqui. 


Por: Henrique Theotônio