Ano é marcado por recordes e fortes oscilações nos preços do boi gordo

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O ano também fica marcado pelas fortes oscilações nos preços do boi gordo, destaca em retrospectiva o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).

Durante todo o primeiro semestre, os valores do boi gordo apresentaram movimento de baixa; e, no começo de junho, o Indicador CEPEA/B3 (estado de São Paulo) fechou a R$ 215,30, a mínima do ano.

Naquele período, as pastagens estavam ruins, e muitos pecuaristas aumentaram suas vendas, inclusive de fêmeas, para diminuir custos e limitar a perda de peso.

O IBGE mostra que o número de animais abatidos no primeiro semestre aumentou 21,2% sobre igual período de 2023.

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Enquanto isso, as exportações iam bem, em torno de 250 mil toneladas por mês. Era um momento muito bom para os frigoríficos e muito difícil para os pecuaristas.

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Em agosto, a situação dos produtores começa a mudar. Frigoríficos passaram a demandar de forma intensa novos lotes de animais para abate, ofertando preços maiores a cada dia.

Esse contexto resultou em uma disparada no valor da arroba, o que puxou também os valores da reposição. No caso da carne, a demanda interna se aqueceu, e a exportação seguia intensa – o dólar valorizado estimulava as vendas externas.

Até novembro, os embarques brasileiros de carne bovina somavam 2,65 milhões de toneladas (in natura e processada), superando em 28,7% o volume de igual período de 2023 e renovando o recorde.

Na última semana de novembro, no entanto, frigoríficos recuaram das compras de boi e os valores passaram a cair com força no mercado nacional. Na primeira quinzena de dezembro, a desvalorização do boi gordo já era de 11%.

Por: Cepea/Portal DBO