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Exportações brasileiras de gado vivo atingem recorde histórico em 2024

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As exportações brasileiras de gado vivo atingiram 883,52 mil cabeças no período de janeiro a novembro de 2024, o que significou um recorde anual histórico, mesmo sem contar os números (ainda não informados pelo governo federal) de dezembro/24.

“Os embarques de 2024 superaram todos os anos, confirmando a expectativa do mercado, que acreditava num bom desempenho”, reforça o zootecnista Ygor Maggiori, analista da Scot Consultoria.

Segundo o analista, até então, 2018 havia sido o melhor ano para o segmento de exportação de gado vivo do País: 784,57 mil cabeças no período de janeiro a dezembro daquele ano.

Maggiori recorda que, considerando 2021 como base, a recuperação dos embarques brasileiros de bovinos vivos nos últimos anos “é notável”.

Entre 2019 até 2021 (ano com o menor volume da série), as exportações nacionais recuaram, refletindo os problemas logísticos gerados pela Covid-19.

“Com a pandemia e o aumento do frete marítimo, que é o principal modal de exportação dos bovinos, os importadores optaram por rebanhos de regiões próximas”, relembra Maggiori, ainda citando o período “cinzento” do setor de exportação de gado vivo.

Faturamento também foi recorde
A receita com os embarques com gado em somou US$ 736,8 milhões no período de janeiro a novembro de 2024, também o maior da série, superando os desempenhos de 2013 e 2014, de US$ 717,2 milhões e US$675,0 milhões, respectivamente.

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A Turquia foi a principal importadora de animais vivos do Brasil no ano passado, responsável por 27,7% do faturamento e por 32% do volume embarcado (US$ 180,9 milhões e 253,5 mil cabeças), informa o analista da Scot.

O Pará é o líder na exportação de bovinos vivos. Até novembro/24, o Estado respondeu por 56,1% da exportação, em volume (495,6 mil cabeças). Em faturamento, a participação do Pará foi de 58,2% (US$ 428,5 milhões).

O analista da Scot relembra que o Pará já apresentou números melhores neste segmento de venda externa de gado em pé.

Em 2013, por exemplo, a participação do Estado foi de 98,1% em volume, a maior da história.

Expectativa para 2025
Na avaliação de Maggiori, o mercado brasileiro de exportação de bovinos vivos “tem espaço para crescer”, complementando o negócio pecuário nacional.

“O rebanho brasileiro atende às demandas dos compradores em qualidade, raça, quantidade e preço”, observa o analista da Scot.

Segundo previsão de Maggiori, “a expectativa para 2025 é que as exportações prossigam em bom ritmo, talvez não nos mesmos patamares de 2024, mas ainda assim com bom desempenho”.

Número de cabeças exportadas mês a mês em 2024
Nov – 90.849

Out – 110.409

Set – 120.927

Ago – 125.407

Jul – 04.519

Jun – 119.273

Mai – 66.588

Abr – 54.658

Mar – 29.107

Fev – 36.125

Jan – 25.662

Fonte: Scot/Secex

Por: Portal DBO