Trigo segue em desenvolvimento no Rio Grande do Sul, mas clima desafia produtores

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O trigo no Rio Grande do Sul continua seu ciclo de desenvolvimento, apesar das condições climáticas desafiadoras que marcaram o período, conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado nesta quinta-feira (15).

A baixa luminosidade tem sido um fator desfavorável para os cultivos de inverno, mas as chuvas recentes ajudaram a manter a umidade do solo. A queda das temperaturas, enquanto favorece o perfilhamento das lavouras em estágio inicial, preocupa os produtores que possuem áreas em floração, que são mais sensíveis às condições climáticas adversas.

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Atualmente, 8% da área cultivada com trigo no estado, que totaliza 1.312.488 hectares, já está em floração, mas esse percentual é inferior ao de safras anteriores. A produtividade prevista é de 3.100 kg/ha. De maneira geral, a sanidade das lavouras é considerada satisfatória, embora haja a necessidade de aplicação de fungicidas para controle preventivo de doenças.

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Além do trigo, outros cultivos de inverno como aveia branca, canola e cevada também avançam no Rio Grande do Sul. A Emater/RS-Ascar projeta uma área cultivada de 365.590 hectares para a aveia branca, com produtividade esperada de 2.402 kg/ha.

Nas lavouras de canola, as recentes geadas não devem comprometer o potencial produtivo, com a área cultivada estimada em 134.975 hectares e produtividade de 1.679 kg/ha. Já as lavouras de cevada, que se desenvolvem principalmente nas regiões de Erechim, Caxias do Sul e Passo Fundo, apresentam uma projeção de produtividade de 3.245 kg/ha em uma área de 34.429 hectares. Cerca de 7% das áreas de cevada já estão em fase de espigamento.

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No setor frutícola, o morango e a oliveira seguem em fases importantes de produção. Na região de Lajeado, o morango está em início de safra, enquanto na Campanha, as oliveiras começam a emitir racemos florais, com previsões otimistas para a próxima safra.

Além disso, pastagens e criações, incluindo bovinocultura de leite e apicultura, enfrentam desafios com as condições climáticas, mas mostram sinais de recuperação em algumas regiões do estado. A pesca artesanal, por sua vez, sofre com as dificuldades geradas pelo bloqueio de estradas e o período de defeso, afetando a renda das famílias de pescadores.

Por: Emater/RS-Ascar