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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifestou discordância em relação ao veto presidencial que modifica a tributação dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagros). Segundo a FPA, esses instrumentos são essenciais para democratizar o acesso ao mercado de capitais, estimular investimentos e fortalecer o crédito privado no Brasil.
Os FIIs, com quase 3 milhões de investidores e um patrimônio superior a R$ 300 bilhões, destinam um terço de seus recursos ao crédito. Já os Fiagros, criados em 2021, acumulam mais de R$ 40 bilhões aplicados no crédito rural, beneficiando 600 mil investidores, majoritariamente pequenos poupadores.
A FPA alerta que a taxação desses fundos pode comprometer a competitividade, aumentar custos para produtores e afetar a oferta de crédito. O agronegócio, que representa 25% do PIB nacional e emprega 28,6 milhões de pessoas, depende dos Fiagros para suprir a lacuna do crédito público e bancário. Além disso, os FIIs são fundamentais para a construção civil, setor que gera milhares de empregos.
Para a Frente, o veto pode elevar juros, restringir o crédito e desacelerar setores estratégicos da economia. Por isso, a FPA atuará no Congresso Nacional para derrubar o veto e garantir um tratamento adequado aos fundos, preservando a inclusão de pequenos investidores e fortalecendo o desenvolvimento econômico sustentável do país.