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Batata tem queda de preços, enquanto cebola, cenoura e tomate apresentam alta

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De acordo com informações do Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (23/01) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cebola, cenoura e tomate, apresentaram alta de preços durante o mês de dezembro. Já a batata apresentou uma tendência de baixa.

Depois de quedas constantes desde julho de 2024, em novembro, o preço da batata reagiu à menor oferta. No entanto, em dezembro, voltou a cair, desta vez de maneira significativa. A média ponderada de preço dentre as Ceasas caiu 27,33% em relação à média de novembro. Uma maior oferta paranaense em dezembro foi a razão da baixa nos preços.

Com a transição da safra no mercado, o preço da cebola voltou a subir depois de longo período de queda. Em dezembro, configurou-se a nova distribuição da produção de cebola no país. A partir de então, a região Sul passou a ser o principal ofertante dos mercados.

A cenoura teve alta nos preços na maioria das Ceasas pelo segundo mês consecutivo. A alta de preços em novembro e dezembro de 2024 foi provocada por certa concentração de oferta em Minas Gerais, pois Bahia e Goiás enviaram menores quantidades ao mercado.

A média ponderada do tomate, por sua vez, aumentou 18,07% em relação à média de novembro. A oferta abundante no segundo semestre de 2024 provocou o comportamento descendente dos preços, que foi revertido recentemente. Para a alface, não foi observada uma tendência definida no comportamento, uma vez que o preço variou bastante dentre as Ceasas.

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Frutas 

O movimento preponderante de preços da banana, da maçã e da melancia foi de alta em dezembro de 2024. Já a laranja e o mamão apresentaram queda nos preços na média.

No caso da banana, ocorreu elevação das cotações e queda da oferta. A produção enviada do norte mineiro às Ceasas diminuiu um pouco e aumentou levemente a oriunda de outras regiões. Para a maçã, houve alta dos preços e queda da comercialização. Com os estoques praticamente finalizados (quebra de safra em 2023/24), as cotações foram pressionadas no sentido de alta, mesmo com a presença de demanda estável e da concorrência com as frutas de fim de ano.

Com a melancia, ocorreram oscilações das cotações e queda da comercialização, em parte por causa da demanda estagnada em alguns centros consumidores devido à presença de chuvas e queda das temperaturas, mas também em virtude do fim da oferta originária de Uruana/GO e da não compensação do envio de melancia às Ceasas pelas principais praças produtoras do mês (São Paulo e Bahia).

A laranja, por sua vez, apresentou queda de preços, que ainda estão em níveis elevados, e aumento da comercialização nas Ceasas, especialmente nas praças do Sudeste, que recebem muitas frutas do cinturão citrícola. Para o mamão, ocorreu queda da comercialização nas Ceasas analisadas e elevação das cotações por causa da redução da colheita das variedades papaia e formosa.

Exportações

No acumulado em 2024, o volume total enviado ao exterior foi de 1 milhão e 94 mil toneladas, uma queda de 1,27% em relação ao ano de 2023. O faturamento foi de U$S 1,38 bilhão, superior 2,04% em relação a 2023 e de 27% em relação a 2022.

Mesmo com queda mínima em relação a 2023, ocorreu intensificação das vendas externas em dezembro passado. Isso se deveu ao aumento das vendas de mangas, melões e limões e limas que, somados, representaram mais de 71,25% de toda a receita gerada pelas exportações das frutas em 2024, somadas a contribuições menores como da uva, mamão e melancia.

Por: Conab