Mato Grosso do Sul avança no planejamento de sua infraestrutura logística com foco em melhorar o transporte ferroviário, ampliar rodovias, incrementar o uso da hidrovia e revitalizar aeroportos. Essas ações são prioridades do governo estadual para garantir competitividade no setor produtivo e facilitar o escoamento das mercadorias, especialmente do agronegócio, que tem papel estratégico na economia local.
Essas diretrizes foram apresentadas durante o 9º Encontro Regional do Plano Nacional de Logística (PNL) 2050, realizado na sede da Famasul, em Campo Grande. O evento integra a segunda fase do PNL 2050, programa federal que traça um planejamento de longo prazo para a infraestrutura de transportes no Brasil, e reuniu representantes do governo, setor produtivo e especialistas para discutir os desafios logísticos da Região Centro-Oeste.
O debate destacou que Mato Grosso do Sul depende hoje, majoritariamente, do transporte rodoviário, o que gera custos elevados e limita a competitividade no mercado interno e nas exportações. Por isso, a retomada e expansão do transporte ferroviário é vista como prioridade, junto à implementação da Rota Bioceânica — corredor internacional que promete ampliar o fluxo comercial com países do Pacífico, gerando impactos diretos na economia local.
Além disso, projetos em andamento para melhorias nas rodovias estaduais e federais buscam garantir melhores condições para o escoamento agrícola, enquanto a ampliação da hidrovia e a revitalização dos aeroportos regionais complementam o plano de modernização da logística, com potencial para reduzir o tempo e o custo do transporte.
O governo reforça que a competitividade no setor logístico está diretamente ligada à redução dos custos de frete e ao tempo de entrega, fatores essenciais para o agronegócio sul-mato-grossense, que é um dos maiores exportadores do país. A diversificação modal com a integração entre ferrovias, rodovias, hidrovias e aeroportos deve tornar o sistema mais eficiente e sustentável, trazendo benefícios para toda a população.
O encontro também serviu para aproximar o governo federal da realidade local, permitindo que os principais gargalos e potenciais do estado fossem identificados com base em dados técnicos e no diálogo direto com produtores e especialistas da região. A metodologia do PNL envolve o uso de mapas, matrizes de origem-destino e indicadores multidimensionais para embasar a tomada de decisões e definir metas estratégicas até 2050.
Com os recursos públicos limitados, a estratégia é priorizar os investimentos nas áreas de maior impacto, com foco na ferrovia e nos corredores intermodais, garantindo que Mato Grosso do Sul mantenha sua posição de destaque no agronegócio nacional e fortaleça sua integração com os mercados internacionais.
Da redação