Boi gordo: praças brasileiras operam com preços estáveis, dizem consultorias

Compartilhe:

Nesta terça-feira (29/7), o movimento de queda nos preços do boi gordo perdeu intensidade nas principais praças brasileiras, conforme apuração das consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. No Estado de São Paulo e na maioria das outras regiões pecuárias, o quadro de estabilidade prevaleceu no mercado do boi gordo, informam a Scot Consultoria e a Agrifatto.

Na praça paulista, o animal “comum” segue cotado em R$ 292/@, a vaca gorda em R$ 270/@, a novilha gorda em R$ 278/@ e o “boi-China” em R$ 298/@ (valores brutos e a prazo), de acordo com levantamento da Scot. Pelos números da Agrifatto, o boi sem padrão-exportação vale R$ 290/@ em São Paulo, enquanto o animal com perfil para envio ao mercado chinês é negociado por R$ 300/@.

Continua depois do anúncio

Apenas duas das 17 praças acompanhadas pela Agrifatto registraram desvalorizaram na arroba nesta terça-feira: Maranhão e Rio Grande do Sul. Nas demais, as cotações não sofreram alteração. “Desde o início de julho, o mercado físico do boi gordo vem operando sob influência de viés baixista, embora o ritmo de desvalorização tenha perdido intensidade nos últimos dias”, observam os analista da Agrifatto.

Continua depois do anúncio

Para o início de agosto/25, prevê a consultoria, espera-se uma recuperação gradual dos preços da arroba, sustentada pela injeção de recursos na economia com o pagamento dos salários e pela aproximação do Dia dos Pais (10/8), fatores que tradicionalmente estimulam o consumo doméstico de carne bovina.

No mercado externo, embora a ameaça de imposição tarifária pelos EUA (de +50%, a partir de 1º de agosto/25) tenha momentaneamente comprometido as exportações brasileiras de carne bovina in natura para aquele destino, os embarques totais do Pais seguem em ritmo crescente em julho, com expectativa de encerrar o mês com novo recorde, acima de 285 mil toneladas, prevê a Agrifatto.

Na avaliação dos analistas da consultoria, caso a nova tarifa norte-americanas seja aplicada sobre a proteína brasileira, há possibilidade de que exportadores da Austrália, Uruguai, Argentina e Nova Zelândia redirecionem parte de seus embarques ao mercado dos EUA, o que pode abrir oportunidades estratégicas para o Brasil em outros destinos comerciais.

No mercado futuro, pelo terceiro dia consecutivo, os contratos do boi gordo na B3 subiram na sessão de segunda-feira (28/7), com destaque para o papel com vencimento em outubro/25, que fechou o pregão cotado a R$ 328,25/@, uma alta de 1,48% em relação ao dia anterior.

Por: Portal DBO