Preço do leite pago ao produtor se mantém estável no mês de julho

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O CEPEA, que é o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ de Piracicaba, aqui no estado de São Paulo, divulgou no fechamento da semana passada o seu balanço mensal a respeito do rumo tomado pelo comércio leiteiro brasileiro, e o que ficou demonstrado pelo relatório distribuído na praça foi que o mercado continuou andando num trieiro fora do que seria o normal e esperado pra estas alturas atuais do calendário. O caso foi que, de acordo com o números levantados na pesquisa, na média nacional o preço pago ao pecuarista produtor em julho, pelo leite entregue na usina em junho, foi de R$ 2,74 por litro, ficando praticamente estável na comparação com o pagamento anterior. A explicação dos técnicos especialistas do CEPEA é que, contrariando o que deveria acontecer nesta época do ano, em vez de diminuir a produção tá aumentando.

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Se fosse só pela determinação da natureza e do clima, com o agravamento da estiagem e o empobrecimento das pastagens, era pra gente tá no período de entressafra em boa parte das principais regiões leiteiras do país. Mas como a rentabilidade tava bem satisfatória no final de 2024 e no começo deste 2025 que tá em andamento, o fazendeiro aproveitou a hora boa pra aumentar o seu investimento na atividade, e o resultado, repetindo o que já tinha sido acontecido nestes meses recentemente passados, foi o crescimento no volume de materia prima recebido pela indústria no mês retrasado, que desta vez foi de 3,3% na comparação com maio do ano presente. Por outro lado, o custo operacional efetivo, que é o valor empregado diretamente na produção, registrou uma alta de 0,5%, sempre na mesma comparação.

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Mas fazendo a conta só dos insumos usados na alimentação da vacada, o caso foi o contrário, com uma redução de 0,3% a favor do produtor. Por outro, a questão é que a população brasileira continua alongada e vasqueira no mercado, e o consumo de leite e derivados não tá aumentando no tanto que seria carecido pra dar firmeza na cotação. No que diz respeito à demanda no mercado caseiro, a pesquisa achou comportamentos variados, sendo que o leite em pó caiu, a muçarela subiu e o uht, que é o nosso leite de caixinha, ficou estável. E pra completar esta conjuminação derrubdeira, repare a companheira pecuarista que, da mesma maneira que já tinha sido visto no mês passado, as importações voltaram a apresentar um substancioso engordamento, o que vai ajudar a indústria laticinista a continuar descendo a marreta na cotação do produto entregue pelo fazendeiro brasileiro.

Por: Terra Viva