
O Brasil atingiu a marca de 43.176 cervejas e 55.015 marcas registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), segundo dados do Anuário da Cerveja 2025, lançado nesta terça-feira (5) em parceria com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv). O documento, que tem como ano base 2024, destaca o crescimento do setor, tanto em produção quanto em número de estabelecimentos e exportações.
Durante o lançamento, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, celebrou o avanço. “A cerveja é símbolo de comemoração, mas também representa trabalho, dedicação, qualidade e prosperidade. É gratificante ver o Mapa atuando para fortalecer um setor tão importante para a economia e a cultura do Brasil”, afirmou.
O número de cervejarias registradas no país chegou a 1.949, com a inclusão de 102 novos estabelecimentos em 2024 — crescimento de 5,5% em relação a 2023. São Paulo lidera com 427 unidades, enquanto Santa Catarina teve o maior crescimento proporcional (11,1%), com 25 novas cervejarias.
Ao todo, 790 municípios brasileiros possuem pelo menos uma cervejaria registrada. O Rio Grande do Sul se destaca pela maior densidade de estabelecimentos: um para cada 32 mil habitantes, enquanto a média nacional é de uma cervejaria para cada 109 mil.
Cervejas sem álcool e exportações em alta
A produção de cervejas sem álcool ou com até 0,5% de teor alcoólico teve um salto de 536,9% em 2024, refletindo uma tendência de consumo mais equilibrado. Esse tipo de produto já representa 4,9% da produção nacional.
Já no mercado externo, o Brasil exportou 332,5 milhões de litros da bebida, um crescimento de 43,4% em volume e 31,1% em valor em relação ao ano anterior, totalizando US$ 204 milhões em receita. O Paraguai foi o principal destino, absorvendo 66,5% das exportações. A América do Sul responde por 97,7% do total exportado.
Por outro lado, o país importou cerca de 7,5 milhões de litros de cerveja, sendo a Alemanha a principal origem (42,5% do volume). Dos 15 países que mais exportam cerveja ao Brasil, nove são europeus.

Produção nacional e estilos preferidos
O volume de produção declarado ao Mapa em 2024 foi de 15,34 bilhões de litros. A Lager Leve Clara lidera com 8,95 bilhões de litros (58,3% da produção), seguida pela Pilsener (32,4%) e outras Lagers (8,5%). Juntas, essas três categorias representam 99,2% do total produzido. As cervejas puro malte representam 24,7% do volume.
Estilos como Malzbier e IPA também figuram no levantamento, com 46,7 milhões e 29,9 milhões de litros, respectivamente.
Mais que bebida: cultura, agro e economia
“O setor cervejeiro é resultado de uma estrutura sólida e de investimentos contínuos. Cerveja é agro, emprego, renda, cultura e gastronomia”, afirmou Márcio Maciel, presidente-executivo do Sindicerv.
Com números expressivos e crescimento consistente, o Brasil consolida-se como um dos principais polos produtores de cerveja do mundo, aliando diversidade, qualidade e inovação à sua já reconhecida vocação agroindustrial.
Por: Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária)
