Produtividade recorde na segunda safra de milho coloca Mato Grosso do Sul em destaque nacional

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A segunda safra de milho de 2025 surpreendeu produtores sul-mato-grossenses, com resultados que colocam o estado à frente da média nacional. Um exemplo emblemático é a propriedade da família Introvini, em Sonora, que alcançou média de 160 sacas por hectare, desempenho considerado excepcional para a região.

O resultado é fruto de escolhas estratégicas de genética, manejo do solo, controle de pragas e adubação, que permitiram à fazenda enfrentar um clima desafiador, marcado por veranicos e chuvas fora do padrão esperado.

A propriedade de 7.560 hectares de soja e 3,6 mil hectares de milho segunda safra também mantém 1,5 mil hectares dedicados à pecuária integrada. Segundo Eduardo Introvini, herdeiro da fazenda, o sucesso vem de um planejamento cuidadoso aliado à tecnologia.

“Desde criança, fui criado aqui, participando de plantio e colheita. Cresci gostando disso a vida inteira. Hoje, a operação familiar consegue equilibrar produtividade e sustentabilidade, mesmo diante de desafios climáticos”, afirma Eduardo.

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Historicamente, a família Introvini iniciou suas atividades em 1974, quando o avô Carlos chegou ao Mato Grosso do Sul. Desde então, o grupo se expandiu para Mato Grosso, cultivando soja, milho e algodão em diversas regiões, incluindo Campo Novo do Parecis e Vale do Araguaia.

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Produtividade estadual acima da média nacional

De acordo com estimativas da Conab, a produtividade média do milho 2ª safra em Mato Grosso do Sul em 2024/25 foi de 110 sacas por hectare, superior à média nacional de 100 sacas por hectare. Em comparação, a safra 2023/24 registrou 95 sacas/ha em MS e 90 sc/ha no Brasil, demonstrando crescimento expressivo no estado.

Para Eduardo Introvini, antecipar o plantio da soja e do milho ajuda a reduzir riscos climáticos.

“Um pouco é sorte. A gente não manda no clima, espera que comece a chover no final de setembro e início de outubro. Algumas áreas acabam tendo que replantar, mas faz parte”, explica o produtor.

A média histórica de 160 sacas por hectare na propriedade de Sonora evidencia que, combinando tradição, tecnologia e manejo adequado, é possível superar desafios naturais e garantir resultados expressivos na agricultura familiar de larga escala no Mato Grosso do Sul.

Por: Amanda Coelho