Abate de gado cresce 3,9% no segundo trimestre de 2025

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Dados preliminares mostram aumentos expressivos na produção animal em comparação ao mesmo período de 2023, com destaque para o abate de bovinos

O IBGE, que é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou na semana passada o resultado definitivo, agora conferido, corrigido e atualizado, da sua pesquisa a respeito do abate de gado no 2º trimestre do ano presente. Pois então, o que tem pra ser contado é que, de acordo com o relatório final que foi distribuído na praça, nestes meses considerados foram mandados pro gancho no país inteiro, debaixo de algum tipo de fiscalização sanitária oficial, municipal, estadual ou federal, um total de 10.460 milhões de animais. Este volume representou um crescimento de 3,9% em relação ao que tinha sido registrado no período correspondente do ano passado, e de 5,5% pareando com o primeiro trimestre deste 2025 que tá em andamento.

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Repare agora o companheiro boiadeiro que, na comparação anual, o abate de fêmeas apresentou um forte aumento de 16%, e foi maior do que o de machos pela primeira vez na história, desde que o IBGE começou a fazer esta pesquisa, no já muito distante ano de 1977. E outro número que é merecedor da atenção do amigo produtor é a quantidade de animais jovens recebidos pelos frigoríficos brasileiros, que também foi a maior de todos os tempos, especialmente no caso das novilhas, que representaram 33% das fêmeas abatidas nos meses considerados. Pois então, daqui já dá pra gente tirar a primeira conclusão importante, que é a continuação, ao longo de toda a metade abrideira do ano, da redução do plantel de fêmeas em geral, o que é o primeiro e mais forte sinal de mudança no ciclo da pecuária nacional, né.

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Já a respeito do crescimento da presença do gado mais novo na linha de abate da indústria, principalmente das novilhas, a explicação é que, primeiramente, o fazendeiro não tava precisando nem querendo forma mais vacas parideiras, né. E segundamente, conforme todo mundo tem perfeita sabedência, este é o tipo de animal da preferência do setor exportador, sendo que a China, que é disparado o nosso melhor freguês no mercado internacional, só aceita a carne de machos e fêmeas com no máximo 30 meses de era. Esticando agora a vista adiante daquela ponte, pra ver o que tem lá no horizonte, é fato comprovado que a situação já se inverteu e tem muita gente refazendo seu plantel de matrizes, e por conta disso a recomendação dos especialistas é pro amigo pecuarista pisar leve no chão e prestar muita atenção no rumo que tá sendo tomado pelo carretão no mercado.

Por: Canal Terra Viva