O Brasil celebrou nesta terça-feira (7) o Dia Mundial do Algodão, e Mato Grosso do Sul tem motivos para comemorar. O Estado consolidou-se como um dos principais produtores da fibra no país, contribuindo para o avanço do agronegócio brasileiro em produtividade, sustentabilidade e exportação.
De acordo com a Ampasul (Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão), a safra 2024/2025 deve alcançar 390 mil toneladas de algodão em pluma, representando crescimento de cerca de 12% em relação ao ciclo anterior. A área plantada também aumentou, passando de 117 mil para 125 mil hectares, impulsionada pelo bom desempenho das exportações e pela valorização do produto no mercado internacional.
“A cotonicultura sul-mato-grossense vem apresentando resultados expressivos, com qualidade reconhecida mundialmente. Isso é fruto do investimento dos produtores em tecnologia, manejo e sustentabilidade”, afirmou Adão Hoffmann, presidente da Ampasul.
Plantações de algodão no estado se destacam dentre as nacionais
Mato Grosso do Sul ocupa atualmente a quinta posição nacional na produção de algodão, atrás de Mato Grosso, Bahia, Goiás e Minas Gerais, segundo dados da Conab. Apesar de menor em área, o Estado tem se destacado pela eficiência e pela adoção de boas práticas ambientais, com praticamente 100% da produção certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), coordenado pela Abrapa.
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“O algodão de Mato Grosso do Sul é um exemplo de rastreabilidade e respeito ambiental. É um setor que une rentabilidade e responsabilidade, e que tem ajudado o Estado a diversificar sua base produtiva”, destacou Julio Cézar Wruck, diretor-executivo da Ampasul, em entrevista recente ao portal da entidade.
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Em nível nacional, o Valor Bruto da Produção (VBP) do algodão deve atingir R$ 36,6 bilhões até agosto de 2025, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O Brasil é o maior exportador mundial da fibra, responsável por 30,7% das exportações globais, com US$ 5,2 bilhões exportados em 2024, conforme o Sistema Agrostat.
Fonte: Ampasul
A Embrapa Algodão reforça que a cultura é estratégica não apenas pela exportação de fibras, mas também pela contribuição na alimentação animal e na bioenergia. O caroço do algodão tem alto valor nutricional e vem sendo utilizado para produção de biodiesel e rações de alto desempenho.
Em Mato Grosso do Sul, o setor gera mais de 6 mil empregos diretos e indiretos, movimentando indústrias de beneficiamento e transporte. Municípios como Chapadão do Sul, Costa Rica, Alcinópolis e São Gabriel do Oeste concentram as maiores áreas cultivadas e devem registrar novos recordes de produtividade neste ciclo.
“O crescimento da cotonicultura tem impacto direto na economia regional, fortalecendo cooperativas, tradings e o comércio local. O produtor sul-mato-grossense mostra, mais uma vez, sua capacidade de inovar e agregar valor ao campo”, acrescentou Hoffmann.
Com foco em sustentabilidade, rastreabilidade e tecnologia de ponta, Mato Grosso do Sul consolida sua posição como um dos polos mais promissores da cotonicultura nacional, reforçando o papel do Estado no desenvolvimento do agronegócio brasileiro.